Com grandes e grossas paredes de adobe caiadas a branco, a fresca adega é ladeada por vinhas e situa-se num dos vales da herdade, à sombra de eucaliptos de grande porte.
O edifício, de 1901, prima pelos seus tectos altos com vigas de castanho. A construção consiste em duas alas com nove lagares de pedra, quatro prensas manuais, dezenas de tonéis centenários, e uma estila em cobre – usada ininterruptamente até aos dias de hoje e alimentada por uma fornalha a lenha.
Os antigos toneis, de 5.000 Litros, são utilizados para os melhores vinhos da casa.
A neutralidade e porosidade das madeiras usadas (aduelas de Carvalho e Castanheiro portugueses e tampos de Mogno e Macacauba da Amazónia) proporciona o estágio perfeito para vinhos que expressam o seu terroir.
A elaboração dos vinhos em lagares, com engaço, aporta um padrão de frescura única aos tintos do Mouchão.
Tanto a disposição como o funcionamento da adega mantêm-se praticamente inalterados desde a sua construção em 1901.
Desde a chegada da electricidade à adega, em 1991, o ritmo de trabalho pouco mudou, com as uvas ainda a serem apanhadas à mão, a serem pisadas a pés e os mostos tintos prensados por 4 velhas prensas de madeira completamente manuais.
O vinho resultante das “prensas” é uma raridade e de grande qualidade.