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Vinha

Cerca de metade da uva produzida na herdade é Alicante Bouschet.

É nos climas quentes e secos que a casta Alicante Bouschet melhor se expressa. Esta casta nobre aprecia aluviões profundos, férteis e bem drenados como nas várzeas do Mouchão, com condições únicas e irreplicáveis em todo o Alentejo.

A beneficiar do mesmo clima, mas em solos esqueléticos e cascalhentos, estão outras castas nobres como a Trincadeira, o Aragonez, a Touriga Nacional, a Touriga Franca e o Syrah.

As castas brancas, Antão Vaz, Arinto e Verdelho, encontram-se maioritariamente nas encostas da “Barragem do Mouchão” e adjacentes às ribeiras Almadafe e Jordana.

Dos cerca de 900 hectares, foram dedicados 45 hectares dos melhores solos para a prática vitivinícola, expressando o melhor terroir para essa cultura.

“Alicante Bouschet na sua melhor plenitude”

Steven Spurrier, Decanter

Alicante Bouschet

No final dos anos 1800, John Reynolds contactou o viveiro vitícola La Calmette, perto de Montpelier, com o intuito de aproveitar as revolucionárias inovações vitivinícolas no sul de França, pois era em “Midi, não em Bordéus ou Borgonha … que ocorreu o maior progresso técnico na produção de vinho no século XIX” (Rosemary George, MW).

Nessa altura, dois professores de Montpelier visitaram o Mouchão, trazendo com eles varas desta nova variedade de casta tintureira. Apesar de se ter focado no negócio da cortiça durante cerca de meio século, o papel de William Reynolds como Presidente da Comissão Nacional contra a Filoxera em 1882, mostrou que a família Reynolds mantinha fortes laços com a viticultura portuguesa.

É provável que o Mouchão tenha sido fonte dos vinhos “superior claret (Estremery), como anunciado amplamente na imprensa neozelandesa de 1878 a 82, pelo seu pai Thomas W. Reynolds, residente em Dunedin desde 1857.

A primeira vez que Henri Bouschet criou a sua nova “teinturière” terá sido já em 1855.

A Vinha da Dourada, mostrada num mapa de 1894, já incluía Alicante Bouschet.